Müller, Naíde2023-09-062023-09-062022-02-10http://hdl.handle.net/10400.14/42170Activists across the globe are employing digital media to cooperate on universal causes through hybrid dynamic processes—local–global, offline–online and personal–social— taking advantage of the potential of an unparalleled growing network environment in which new communication tolls are being used and created by activist groups and public relations practitioners worldwide. From a public relations critical perspective, this article investigates how the Portuguese organization of the “Online Demonstration of the International Feminist Strike 2021,” which took place on March 8 (International Women’s Day), fits the description of activist public relations toward social change, including both protest and dissent activities. The strike was planned by a collective platform of activists concerned with maintaining civic participation and mobilization in a context of social crisis and prophylactic isolation due to the COVID-19 pandemic. Through an ethnographic study conducted with UMAR (a Portuguese feminist organization founded in 1976), the article explores how activists function as intercultural intermediaries. Inspired by the initiatives of international activist groups, the campaign to promote the International Feminist Strike—#IfWeStopTheWorldStops—sought to apply creative methods for the active engagement of new publics. These activists were producers of social meanings, interfering in the power relations that are generated in the public space. They used instruments such as the creation of specific online events, the endorsement of public figures, a specific website, a demonstration kit that invited people to carry out various offline activities to be shared later on digital platforms, media relations techniques, language adaptations and other social mobilization efforts.Os grupos ativistas estão a usar cada vez mais os media digitais para cooperar no âmbito de causas globais. Recorrem a processos dinâmicos híbridos - local-global, offline-online e pessoal-social - aproveitando o potencial de um ambiente em rede crescente que facilita a criação de novas dinâmicas de comunicação por grupos ativistas e por profissionais de relações públicas. Pela lente teórica da perspetiva crítica em relações públicas, este artigo analisa como a organização portuguesa da “Greve Feminista Internacional 2021”, que decorreu a 8 de março (Dia Internacional da Mulher), se enquadra na definição de relações públicas ativistas para a mudança social, que inclui atividades de protesto e dissidência. A greve foi planeada por uma plataforma coletiva de ativistas preocupados em manter a participação e mobilização cívica num contexto de crise social e isolamento profilático devido à pandemia de COVID-19. Através de um estudo etnográfico de seis meses realizado com a UMAR (organização feminista portuguesa fundada em 1976), o artigo explora como os ativistas funcionam como intermediários interculturais em contextos transnacionais. Inspirada nas iniciativas de grupos ativistas internacionais, a campanha portuguesa de promoção da “Greve Feminista Internacional 2021”, - #IfWeStopTheWorldStops - aplicou métodos criativos para o envolvimento ativo de novos públicos. Estes grupos ativistas produziram significados sociais, interferindo nas relações de poder que se geram no espaço público. Recorreram a instrumentos de relações públicas como a criação de eventos online em antecipação, o apoio de figuras públicas, um site específico, um kit de manifestação que convidava as pessoas a realizarem diversas atividades offline para serem posteriormente partilhadas em plataformas digitais, técnicas de relações com os media tradicionais, adaptações de linguagem e outros esforços de mobilização social.engDigital communicationTransnational activismPublic relationsCivic participationEthnographyComunicação digitalAtivismo transnacionalRelações públicasParticipação cívicaEtnografiaActivist public relations in digital public space during the pandemic: Ethnographic study of the Portuguese International Feminist Strike 2021Relações públicas ativistas no espaço público digital durante a pandemia: Estudo etnográfico da ‘Greve Feminista Internacional 2021’conference object