Quadrio, Miguel-Pedro2021-04-262021-04-2620180103-2178http://hdl.handle.net/10400.14/32746Este artigo incide sobre a tradução em língua portuguesa de Prometeu acorrentando que Eduardo Scarlatti publicou em Lisboa, em 1942. Atribui-se particular relevância a este texto por se considerar que, através dele, Scarlatti não pretendeu apenas apresentar mais uma versão de um texto canónico. Pela análise dos paratextos, das escolhas tradutológicas e remetendo-se para a reflexão crítica e teórica que anteriormente desenvolvera-se, verifica-se que a opção de Scarlatti correspondeu ao desejo de dotar a cultura portuguesa de um texto literariamente qualificado, pensado não só como ato de resistência à opressão salazarista, mas também como manifesto estético que impulsionasse a renovação do anémico sistema teatral. Assim, defende-se a condição de intelectual engajado de Scarlatti (BOURDIEU, 1991), sublinhando-se a constituição de uma linhagem de resistência que determinará mudanças culturais profundas em Portugal.porPrometeu acorrentandoPensamento teatralResistência literáriaEduardo ScarlattiIntelectual engajadoDitadura salazaristaPrometheus BoundReflection on theatreLiterary resistanceEngaged intellectualSalazar's dictatorshipDa literatura como resistência eloquente: a tradução de Prometeu acorrentado sob a ditadura de Oliveira SalazarOn literature as eloquent resistance: translating Prometheus bound during Oliveira Salazar's dictatorshipjournal article10.17851/2238-3824.23.2.199-215000443357000009