Martins, Maria Manuela Brito2010-12-032010-12-032008MARTINS, Maria Manuela Brito - Amicitia nostra vera ac sempiterna erit: As fontes da amizade espiritual em Agostinho de Hipona. In Revista Portuguesa de Filosofia. ISSN 0870-5283 Vol. 64 (2008) 209-240http://hdl.handle.net/10400.14/3776O presente artigo constitui um estudo do conceito de amizade em Santo Agostinho, em particular tal como ele se apresenta nas Confissões e nas Epístolas, tendo especialmente em conta a influência que a noção de filiva ou de amicitia produziram no seu pensamento. Mostra-se também que o modelo teórico ciceroniano é uma das principais fontes de Agostinho, mas não a única. Nesse sentido, a definição que Cícero dá da amizade transforma-se em motivo para uma verificação da medida em que Agostinho está em sintonia com o autor Latino ou em que medida eles se diferenciam. Daí a atenção dada ao conceito de benivolentia, conceito esse que no pensamento de Agostinho tem uma conotação próxima do conceito de caritas e do afecto, coisa que não acontece nem em Aristóteles nem em Cícero. Por outro lado, mostra-se também que Agostinho mantém praticamente desde a sua conversão a mesma concepção de amizade, pois que, quer no Contra Academicos, quer na Epístola 258, se encontra presente a mesma doutrina sobre a amizade, à qual está subjacente uma espiritualidade monástica e fraternal, que resulta da consolidação de elementos tanto filosóficos como bíblicos. Por último, o artigo sublinha ainda até que ponto para Agostinho a amizade verdadeira entre amigos deverá manter um acordo entre as coisas humanas e divinas, acordo esse que consiste numa articulação, em consonância com a tradição bíblica, das rerum humanarum et divinarum cum benivolentia et caritate consensio.porAgostinho, SantoAmbrósio, S.Amizade, BenevolênciaCaridade, CíceroEpistolografia,EspiritualidadeFilosofia, Jerónimo, S.Justiça, Mal, MorteSabedoria, Verdade, VirtudeAmicitia nostra vera ac sempiterna erit: As fontes da amizade espiritual em Agostinho de Hiponajournal article