Barbosa, MarianaGuimarães, AnaSoares, Mónica2025-10-202025-10-202015-03-01Guimarães, A., Barbosa, M., & Soares, M. (2015). Altruísmo: um estudo sobre heróis comuns. Poster session presented at Dias da Psicologia 2015, Porto, Portugal.e57dda55-0c23-4072-8329-bb522703fdbahttp://hdl.handle.net/10400.14/55404Introdução: O altruísmo heroico ainda não foi suficientemente discutido no seio da comunidade psicológica (Zimbardo, 2009). Embora este conceito não seja unanimemente entendido entre os teóricos, e partindo de diferentes perspetivas, entendemos altruísmo heroico como atos que: 1) Representam uma devoção ao bem-estar dos outros, desprendida do seu próprio self (Comte, 1852); 2) Beneficiam mais o recetor da ação que o próprio autor (West, Gardener, & Griffin, s.d); 3) Envolvem um risco ou potencial para tal, como ameaça de morte, uma ameaça imediata para a integridade física, uma ameaça a longo prazo para a saúde ou ameaça de degradação da qualidade de vida da pessoa (Zimbardo, 2009); 4) Não se praticam com vista à obtenção de recompensas (Oliner & Oliner, 1988). O altruísmo heroico pode ainda ser motivado, explicado ou relacionado com outras caraterísticas pessoais e situacionais, tais como inconformismo (Asch, 1956), empatia (Batson, Ahmed & Stocks, 2000) e sentido de responsabilidade pessoal pelo outro (Milgram, 2013; Oliner & Oliner, 1988). Face ao exposto, é nosso objetivo conhecer mais amplamente as ações altruístas, compreendendo que fatores disposicionais, ambientais, princípios e valores que subjazem a adoção de comportamentos altruístas heroicos. Discussão: 1. Em primeiro lugar, os traços disposicionais (coragem e inconformismo), compatíveis com a definição de herói (Zimbardo, 2009), mostram que mesmo perante situações de perigo ou de forte influência social para o conformismo, os participantes não desistem das suas ações. 2. Relativamente às influências ambientais, relevamos a importância de práticas educativas promotoras de uma visão sociocêntrica, presentes desde uma tenra idade, tal como apontado por Wills e Resko (2004). Além disso, experiências de contato intercultural, sobretudo com comunidades desfavorecidas, parece influenciar os participantes a alinharem em comportamentos de ajuda para com aqueles que precisam. 3. No que toca aos princípios e valores, a igualdade, o amor ao próximo e o sentido de responsabilidade pessoal pelo outro emergem nos discursos dos participantes. Estes princípios parecem ser transversais entre os discursos dos indivíduos que salvaram judeus aquando da segunda guerra mundial (Oliner & Oliner, 1988) e que se recusarem a administrar choques nas experiências de Milgram (2013). 4. Parece ser assim importante pensar na contribuição destes resultados para a intervenção e possíveis reformas educativas que podem advir tendo como base as premissas acima referidas, nomeadamente a fomentação de valores pró-sociais desde a infância, a geração de contatos interculturais, ou da promoção do sentido crítico/reflexivo nos diferentes contextos onde crianças e adultos se inserem.porAltruísmo: um estudo sobre heróis comunsconference poster not in proceedings