Dias, Paulo César AzevedoFernandes, Bárbara Diana Pereira2022-12-072022-12-072022-11-232022-10http://hdl.handle.net/10400.14/39494A complexidade das funções parentais acarreta múltiplos desafios. Gerir o tempo e as responsabilidades no campo laboral e familiar, afigura-se, muitas vezes, como uma fonte de stress e desgaste emocional. Assim, o burnout parental ocorre quando há uma incompatibilidade prolongada entre os stressores percebidos e os recursos no domínio parental. O presente trabalho visa analisar a relação entre o burnout parental e o bem-estar subjetivo, explorando, mais especificamente, o papel mediador do burnout parental na relação entre a personalidade e o bem-estar subjetivo. A amostra é constituída por 1012 pais portugueses (867 mães e 145 pais) com idades compreendidas entre os 20 e os 78 anos (M = 37.65, DP = 7.37) que preencheram os seguintes questionários: questionário sociodemográfico, o Questionário de avaliação da exaustão parental, o Índice de Bem-Estar Pessoal e, ainda, o Inventário de Personalidade de 10 Itens. Os resultados indicam que o burnout se correlaciona negativamente com o bem-estar, sendo a idade, o género e o número de filhos fatores de risco e estado civil um fator protetor ao seu desenvolvimento. Em suma, verificou-se que burnout parental desempenha um papel mediador na relação entre a personalidade o bem-estar, sendo que todos os traços de personalidade parecem contribuir para explicar o burnout parental e, consequentemente, o burnout parental, à exceção da dimensão saturação, parece contribuir negativamente para o bem-estar geral dos indivíduos. Assim, os dados permitiram perceber o papel mediador do burnout parental, contribuindo para o conhecimento do fenómeno e para implicações que são discutidas no trabalho.The complexity of parental roles entails multiple challenges. Managing time and responsibilities in the work and family field often appears as a source of stress and emotional distress. Thus, the present work aims to analyze the relationship between parental burnout and subjective well-being, exploring, more specifically, the mediating role of parental burnout in the relationship between personality and subjective well-being. The sample consists of 1012 Portuguese parents (867 mothers e 145 fathers) aged between 20 and 78 years (M = 37.65, SD = 7.37), who completed the following questionnaires: sociodemographic questionnaire, Questionário de avaliação da exaustão parental –QAEP (Portuguese version of Parental Burnout Assessment; PBA), o Índice de Bem-Estar Pessoal (IBP) and the 10-Item Personality Inventory (TIPI-P - Portuguese Version). The results indicate that burnout correlates negatively with well-being, being that age, gender and number of children are risk factors and marital status is a protective factor for its development. In summary, it was found that parental burnout plays a mediating role in the relationship between personality and wellbeing, with all the personality traits studied seeming to contribute to explain parental burnout and, consequently, parental burnout, except for the saturation dimension, seems to contribute negatively to the general well-being of individuals. Thus, the data allowed the mediating role of parental burnout to be perceived, contributing to the knowledge of the phenomenon and to implications that are discussed in the work.porBurnout parentalBem-estar subjetivoPersonalidadeParental burnoutSubjective well-beingPersonalitymaster thesis203107756