FEP - Teses de Doutoramento / Doctoral Theses
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Browsing FEP - Teses de Doutoramento / Doctoral Theses by Sustainable Development Goals (SDG) "04:Educação de Qualidade"
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- Aprendizagem organizacional em contexto de funcionamento de equipas educativas enquanto comunidades de aprendizagem : a progressiva emergência de uma metamorfose profissional e escolarPublication . Pinheiro, Generosa Pinto Silva Vilela; Alves, José MatiasA resposta aos desafios globais contemporâneos exige uma educação de qualidade, o que pressupõe uma transformação da estrutura organizacional da escola, a adoção de novos papéis e mentalidades dos seus atores e uma cultura de aprendizagem nos vários níveis da organização. Deste modo, as equipas educativas, a funcionar enquanto comunidades profissionais de aprendizagem, podem apresentar-se como uma mudança organizacional valiosa para a melhoria das escolas, configurando-se como um relevante objeto de estudo em educação. Embora, nas duas últimas décadas, tenha havido muita pesquisa sobre a temática das comunidades profissionais de aprendizagem, constata-se uma escassez de investigações que estudem tais comunidades como propulsoras da construção de organizações aprendentes, sendo, por isso, um campo que carece de aprofundamento. Esta tese inscreve-se nessa linha de investigação, procurando contribuir para a teoria, a investigação e a prática acerca da forma como a alteração de algumas estruturas organizacionais, nomeadamente a organização do ensino por equipas educativas, pode ter implicações na aprendizagem individual, coletiva e organizacional de uma escola. Neste sentido, adotamos um paradigma de investigação tendencialmente qualitativo, que operacionalizamos através de um estudo de caso instrumental, em que conjugamos uma abordagem quali-quanti. Articulamos uma estatística descritiva de dois questionários, objetos de uma descodificação e interpretação estrutural e semântica, com uma análise de conteúdo de entrevistas, grupos de discussão focalizada, notas de um diário de campo, para aprofundarmos alguns contextos singulares e a perspetiva de atores individuais. Apresentamos cinco estudos relacionados, centrados na análise das dinâmicas de funcionamento das equipas educativas e dos seus efeitos. O estudo 1 consiste numa revisão de literatura, do tipo scoping review, sobre as mudanças organizacionais, culturais e pedagógicas geradas pelas comunidades profissionais de aprendizagem em meio escolar. Este estudo dá suporte aos estudos 2, 3 e 4. O estudo 2 apresenta o funcionamento das equipas educativas enquanto comunidades profissionais de aprendizagem, assim como os seus efeitos nos seus membros, nas práticas de sala de aula e nas culturas de escola. No estudo 3, focamo-nos nestes mesmos efeitos despoletados, desta vez, pela atuação dos coordenadores das equipas educativas, enquanto líderes intermédios. O estudo 4 centra-se na análise das interações colaborativas entre os professores das equipas educativas e no seu contributo para a aprendizagem profunda dos mesmos. Com o estudo 5, um estudo guarda-chuva, procuramos focar-nos na metodologia usada na nossa investigação, para revelarmos a importância do diário de campo na desocultação de algumas tensões e no aprofundamento dos resultados apresentados. Estes estudos permitiram-nos concluir que uma alteração de estruturas organizacionais é uma condição imprescindível para a melhoria na educação, mas insuficiente. É necessária uma mudança de crenças dos atores e uma colaboração que proporcione uma aprendizagem profunda. Uma mudança substancial da educação, no âmbito da organização educativa, requer, pois, uma ação conjugada ao nível da estrutura, das lideranças intermédias, das crenças e das culturas profissionais.
- Por que razão as escolas (não) aprendem? Os fatores que ativam e os fatores que obstaculizam a aprendizagem organizacional da escolaPublication . Alexandre, Isabel Alexandra Martins Faria dos Santos; Mesquita, Diana Isabel de AraújoA concetualização da escola enquanto organização aprendente tem vindo a assumir-se como uma possibilidade de reforma dos sistemas educativos. Existe um vasto corpo de investigação que discute esta concetualização, tenta dissecar as inúmeras dimensões ou até mesmo avaliar modelos já largamente implementados. Apesar dos méritos reconhecidos, interessa estudar as minudências organizacionais que poderão ser indutoras de desigualdades dentro do sistema educativo alargado. Na busca destas minudências formulámos a nossa questão de partida: por que razão as escolas (não) aprendem? Interessava-nos desenvolver um estudo que permitisse responder às seguintes questões de investigação: 1) Quais os fatores que ativam a aprendizagem organizacional da escola? 2) Quais os fatores que obstaculizam a aprendizagem organizacional da escola? Apesar da simplicidade destes enunciados, estes deram-nos a conhecer uma realidade hipercomplexa, multiescalar e multidimensional. O estudo insere-se no paradigma fenomenológico-interpretativo, de natureza qualitativa, desenvolvendo-se em três fases distintas: um estudo exploratório, um estudo de caso intrínseco e um estudo extensivo. Atendendo à natureza do nosso problema de investigação mobilizámos a participação de lideranças, de professores, de assistentes técnicos e operacionais e de pais. A recolha de dados foi feita a partir de um período de observação não participante, de entrevistas semiestruturadas e de grupos de discussão focalizada. À medida que fomos tratando os dados, fizemos uma Revisão Sistemática da Literatura capaz de (des)construir concetualmente a problemática de investigação. Os dados recolhidos e as circunstâncias de tempo e de espaço que rodearam a nossa investigação, modelaram o trabalho e acrescentaram novas dimensões. Nomeadamente a urgência de uma ecologia amiga da aprendizagem, radicada em cada escola, fundada no desenvolvimento profissional contínuo e sustentável de todos (lideranças, professores e colaboradores não docentes), facilitando a emergência de uma liderança co-construída, congregando a ação de todos em prol de uma visão comum – a aprendizagem de todos os alunos, em especial os mais desfavorecidos.