FT - Teses de Doutoramento / Doctoral Theses
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- O clamor do ‘não homem’ : a obra de Gustavo Gutiérrez como proposta actual de ética política e socialPublication . Diniz, Gonçalo Martim Vieira Pereira; Cunha, Jorge Teixeira daNesta dissertação de doutoramento, pretende-se dar a conhecer a obra de um grande teólogo peruano contemporâneo, Gustavo Gutiérrez, sacerdote dominicano, profundamente ligado à Teologia da Libertação. Trata-se de um teólogo de grande fama internacional, mas, em geral, muito pouco conhecido em Portugal. Pelo presente trabalho, procura-se demonstrar que a Teologia da Libertação, de Gustavo Gutiérrez - apesar de ser uma teologia, na sua origem, muito contextualizada, quer no tempo quer no espaço -, continua a ser bastante actual no mundo global de hoje, sob vários aspectos. Um mundo onde, infelizmente, permanecem muitos exemplos de pessoas a quem não é reconhecida totalmente a sua categoria e dignidade humana. Está em causa o universo dos ‘não-homens’, as ‘não-pessoas’, os ‘invisíveis’ e ‘insignificantes’ da sociedade capitalista, para usar as expressões do autor. De facto, muitas das intuições e conceitos teológicos pioneiros de Gutiérrez continuam a ser de manifesto interesse para os nossos dias. Entre essas intuições e conceitos, destacam-se a concepção do ‘pecado social’, ou ‘pecado estrutural’, e o princípio teológico e pastoral da opção preferencial pelos pobres. Há também que referir a novidade de uma metodologia verdadeiramente inovadora, que contempla dois ‘momentos’ – num primeiro momento, a práxis (acção) histórica, concretizada no compromisso político e pastoral com os pobres; e, num segundo momento, a reflexão teológica propriamente dita, o momento de falar de Deus. Por fim, em Gutiérrez brota uma nova perspectiva teológica: a perspectiva do pobre. Relativamente a este último aspecto, de facto, verifica-se que a teologia de Gutiérrez pretende partir das preocupações e dos anseios das populações mais pobres e marginalizadas da América Latina do seu tempo, os grandes ‘ausentes da história’, como lhes chama, e dar-lhes voz, voz política, mas também voz no interior da Igreja e no universo da própria teologia. Procura-se aqui fazer um trabalho crítico acerca da obra de Gutiérrez e do seu legado para os nossos dias, evitando-se cair na simples apologia e no elogio fácil. As principais críticas dirigidas à Teologia da Libertação, quer por parte de Roma quer por parte de muitos outros quadrantes, estão todas reflectidas neste trabalho. Mas, sem prejuízo dos equívocos e abusos apontados a esta corrente teológica, o que é facto é que ela também deu muitos frutos e abriu novos horizontes à Igreja pós-conciliar. Além dos contributos para uma nova ética política e social, a teologia de Gutiérrez continua muito viva e interpeladora no campo dos temas da ‘Justiça e Paz’ e no desígnio de uma ‘Igreja pobre ao serviço dos pobres’, conforme ao desejo do Papa Francisco.
- Os cursos Nova et Vetera como experiência de inculturação missionária na missão do Lucula Zenze – Cabinda (1970-1974) : uma abordagem histórico-teológicaPublication . Tubi, Barnabé Lelo; Nunes, José Manuel Valente da Silva; Pinto, Sérgio Filipe RibeiroSua Santidade, o Papa Paulo VI, nomeou o então Cónego Eduardo André Muaca, recém-formado na Universidade Gregoriana de Roma, Bispo Auxiliar de Luanda, a 11 de março de 1970. Por ocasião da sua primeira visita pastoral à Missão do Lucula Zenze, a 7 de junho de 1970, os missionários da Congregação dos Padres do Espírito Santo acharam por bem entregar a Missão do Lucula Zenze à orientação dos padres diocesanos, na pessoa do padre Angelino Gaspar Nanga. O padre Gabriel Nionje Seda, depois de quatro anos de tratamento nos Hospitais da cidade do Porto (Portugal), donde saiu diminuído físico nas mãos, precisando de ajuda de outrem para vestir, calçar e comer, foi nomeado Coadjutor do padre Angelino. A partir do pedido angustiante de uma jovem rapariga dos seus 20 anos de idade, marginalizada na onda da escolarização, para aprender a ler e a escrever, o padre Gabriel fundou os Cursos de Iniciação Nova et Vetera. Deste modo, temos duas missionações: a primeira dos padres espiritanos (1893-1970), antes do Vaticano II, e a segunda dos padres diocesanos (1970-1974), depois do Vaticano II. Os padres espiritanos na primeira evangelização seguiram as orientações da Santa Sé através das encíclicas, nomeadamente, dos Sumos Pontífices Bento XV na Maximum illud (30- 11-1919), Pio XI na Rerum Ecclesiae (28-2-1926), Pio XII na Evangelii praecones (2-6-1951) e Fidei donum (15-1-1957) e João XXIII na Princeps pastorum (28-11-1957). Os padres diocesanos na segunda evangelização seguiram as orientações dos documentos do Vaticano II, especialmente, na Constituição Dogmática Lumen gentium, na Constituição Conciliar Sacrosanctum Concilium, sobre a Liturgia, na Constituição Pastoral Gaudium et spes, sobre a Igreja no mundo atual, no Decreto Ad gentes, sobre a Atividade Missionária na Igreja, para mencionarmos somente estes … No estudo destas duas metodologias missionárias, escolhemos a problemática da investigação a partir da liturgia, o rosto mais visível da inculturação duma igreja local, tendo como ponto de referência a receção do Vaticano II na Missão do Lucula Zenze, Cabinda (Angola).
- O digital no serviço da fé : formar para uma oportunidade : estudo sobre o lugar da web na formação contínua dos catequistasPublication . Rodrigues, Luís Miguel Figueiredo; Duque, João Manuel Correia Rodrigues; Guilarte, Manuel del CampoA hipótese de investigação que abraçamos como ponto de partida consiste em verificar se o recurso à web, por parte dos catequistas, traz algum ganho para a formação permanente e, sendo assim, procuraremos perceber que competências são fomentadas nos catequistas e que estratégias estarão presentes nas instituições eclesiais para que a internet não seja vista como mero instrumento, mas como um ambiente a evangelizar e a partir do qual evangelizar, sabendo que os destinatários da ação pastoral dos catequistas estão fortemente influenciados pela cultura digital. Para alcançar o nosso objetivo, dividimos o trabalho emtrês partes.Na primeira parte, verificamos a impmtância desta matéria nos pronunciamentos do Magistério, para depois refletirmos sobre o fenómeno da tradição, percebida como próxima da comunicação. A fase final desta secção foca-se na reflexão sobre a catequese ao serviço da iniciação cristã e aformação dos catequistas. Na segunda parte, dedicada auma leitura cultural, procura-se compreender o que são a sociedade da comunicação, a rede, a cultura digital e a cibercultura, recorrendo, sobretudo, ao pensamento de Manuel Castells e de Pierre Lévy. Esta compreensão é contrastada com a mediologia de Régis Debray, já que esta se centra, de forma crítica, sobre a atividade humana e os dispositivos que lhe dão suporte, procurando compreender a dinâmica transformadora das ideias. Esta leitura cultural termina com uma reflexão sobre o conectivismo, proposto por George Siemens, segundo o qual o conhecimento está distribuído através de redes de pessoas e de tecnologias, e acontece numprocesso de crescente conexão enavegação nessas redes. Na terceira parte, produz-se urna reÍleXão focada na teologia da transmissão da fé, em interação com a cultura digital, através da reflexão sobre a evangelização realizada através dos médias digitais e a análise empírica, com recurso a questionários e entrevistas, para, no final, se apresentar um modelo preditivo, que permita perceber quais são os fatores que mais inÍluenciarn o nosso objeto de estudo. Conclui-se com uma proposta que visa potenciar uma práxis ainda mais assertiva na elaboração de projetos de formação de agentes de pastoral e repensar o modo como as instituições eclesiais poderão estar na Web, promovendo a transmissão da fé.
- Educação, utopia e esperança : uma leitura de Rubem AlvesPublication . Moreira, Carlos Manuel Meneses; Duque, João Manuel
- O fenómeno dos "novos movimentos de apostolado" fundados em Cabinda perante os novos desafios da inculturação : uma abordagem teológico-pastoralPublication . Mulamba, Paulino; Nunes, José Manuel Valente da SilvaA inculturação é um processo de evangelização que propõe a salvação em Cristo a partir daquilo que a pessoa é e vive no seu dia-a-dia. Por isso, foi e continua a ser considerada como prioridade para a missão da Igreja. A Diocese de Cabinda não escapa a esta exigência. E os “Novos Movimentos de Apostolado” fundados em Cabinda, já acolhidos, devem ser valorizados e dinamizados para a sua maturidade eclesial, tornando-se assim estruturas importantes para a implementação do processo da inculturação, constituindo de facto uma “resposta providencial” aos novos desafios da inculturação.
- A figura de Jesus na poesia de Frei Agostinho da CruzPublication . Sombreireiro, Lucília Maria Batalha Guerra; Mendonça, José Tolentino Calaça de
- O Homem em Carne Viva : o contributo de Michel Henry para a Teologia da EncarnaçãoPublication . Magalhães, Fernando Silvestre Rosas; Pinho, Arnaldo Cardoso deNeste trabalho procurou-se continuar a ponte que Michel Henry faz entre a Teologia e a Filosofia, talvez mais que uma ponte, um Arco do Triunfo. Especialmente estudar o que Michel Henry define como Carne, no diálogo entre a Fenomenologia e o Cristianismo. É um estudo muito importante porque Deus revelou-Se na Carne de Cristo. O Mistério da Encarnação, Grande Mistério, tem de nos fazer descobrir toda a singularidade e valor da carne do Homem. Desde o princípio da reflexão cristã que o conceito de Carne teve uma semântica vasta e, muitas vezes, díspar. Os primeiros Concílios da Igreja são disso uma prova, assim como todas as lutas contras as mais variadas heresias. Foi São Justino que usou pela primeira fez o termo Encarnação: s. Depois disso, foi longo, e fecundo, o caminho até ao Concílio de Calcedónia que merece um pouco mais de atenção, dada a sua importância na definição do dogma da Encarnação: a natureza divina e a natureza humana em igualdade de dimensões, clara e distintamente, sem mistura nem confusão, na mesma pessoa de Cristo. Michel Henry faz uma oportuna inversão da Fenomenologia e define, desde a L’ Essence de la Manifestation, sua primeira grande obra, conceitos importantes de corpo, individualidade, subjetividade, afetividade, imanência, Ipseidade. A imanência, anterior à transcendência, é manifestada na subjetividade; a subjetividade é a possibilidade de sentir, de se constituir pelo sentir-se afetado; a imanência é a essência da transcendência2. A primeira imanência é a afetividade, esse sentir-se afetado, sentir-se a si mesmo sem medição, dado em si, sem experiência prévia, como manifestação, auto-manifestação. A influência de Mestre Eckart é muito presente: quem quiser contemplar Deus, deve ser cego3. Toda a mediação é desnecessária para se ter acesso a si mesmo, é a experiência da Vida que se manifesta e funda cada Si, é a Verdade, é a arqui-subjetividade que se revela na Carne como matéria fenomenológica pura: a carne é a substância mesma da Vida, nasce dela, é impressiva e afetiva porque provém da vida e contém a impressibilidade e a afetividade da Vida. Única em cada Homem na Ipseidade de cada pathos, como Parusia do Absoluto4, da Vida absoluta que não é um conceito, uma abstração, mas uma experiência fenomenológica na qual se é surpreendido como Vivente, participante desse Primeiro Si Vivente5 que é o Verbo Encarnado. A Encarnação do Verbo é a geração na carne de Deus e a revelação de Deus na carne6.
- A hospitalidade na construção da identidade cristã : uma leitura de Lc 24,13-35 em chave narrativaPublication . Correia, João Alberto de Sousa; Mendonça, José Tolentino
- Identidade crente e narrativa de vida : a narratividade da fé na trajetória de vida de catequistas de adultosPublication . Neto, Tiago Miguel Fialho; Teixeira, Alfredo Manuel Alves Matos R.A interrogação sobre a identidade cristã, nas chamadas sociedades ocidentais, num contexto de pluralização e de crise da institucionalização do crer, convida a que as lógicas de ação pastoral se pensem levando em conta práticas desenvolvidas pelos crentes, e as leituras que delas fazem, nas mais diversas situações. O vivido pelos crentes permite perceber não só os dinamismos próprios das atuais reconfigurações das atitudes em torno da fé cristã, como se converte num dos lugares teológicos por excelência. As vias de acesso teológico-prático às narrativas de vida de catequistas de adultos constitui o prisma a partir do qual se equaciona a identidade narrativa do cristianismo e se pensam as modalidades de correlação entre a Revelação e a cultura contemporânea. A proposta de Paul Ricoeur relativa à questão da identidade pessoal que comporta, necessariamente, uma dimensão hermenêutica e narrativa, constitui o pórtico de abertura para se equacionar o problema teológico da correlação e o contributo da teologia narrativa. A leitura de alguns teólogos clássicos da teologia da correlação procura colocar em tensão dialogante duas perspetivas, uma mais ontológica (Paul Tillich e Karl Ranher), outra mais histórica (Edward Schillebeeckx e David Tracy). A teologia narrativa, sobretudo a partir de Johann Baptist Metz, Eberhard Jüngel e Christoph Theobald desenha o quadro teológico que ajuda a valorizar a consideração da identidade crente enquanto biografia. Num esforço que pretende valorizar a trajetória crente de catequistas procura-se vislumbrar os dinamismos correlativos presentes entre a vivência na fé no curso da existência e o desempenho do serviço de catequista de adultos. Este exercício dialogal é feito em confronto com o Diretório para a catequese. Dele nasce uma proposta de formação de catequistas de carácter narrativo.
- A liberdade do ensino religioso no pensamento de Leonardo CoimbraPublication . Moreira, Carlos Manuel Meneses; Cunha, Jorge Teixeira da; Pinho, Arnaldo Cardoso deO título apresentado para a dissertação de doutoramento em Teologia pretende expor e desenvolver o estudo do pensamento de Leonardo Coimbra (1883-1936) relacionado com a defesa da liberdade do ensino religioso nas escolas particulares fiscalizadas pelo Estado, que o pensador preconizou na qualidade de Ministro da Instrução Pública, entre 30 de novembro de 1922 e 9 de Janeiro de 1923, em pleno período da I República Portuguesa (1910-1926). Determinaremos como objeto do nosso estudo a definição, descrição, enquadramento e consequências desta questão na vertente cultural, política, autobiográfica, biográfica e bibliográfica que assumiu no conjunto do pensamento antropológico, filosófico, pedagógico e teológico de Leonardo Coimbra, bem como do modo como antecipou e concorreu para a suaevolução e transmutação filosófica, religiosa e teológica, desde o idealismo criacionista até ao ideorealismo de matriz cristã.Desde o seu O Criacionismo(1912) até à sua última obra A Rússia de hoje e o homem de sempre(1935) dá-se, em Leonardo Coimbra,o trânsito de uma teologia para uma filosofia da religião, fundada numa razão estética e numa razão transcendental, que nos permite qualificá-la como uma típica e singular teologia portuguesa, emergente da literatura, da poética, da estética, de uma filosofia progressiva e aberta a novas integrações, em movimento helicoidal espiralado –ascendente e descensional –integradoradas dimensões gnosiológica-metafísica, metafísica-religiosa, religiosa-cristã e estética-teológica do seu pensamento, que nos levaráa compaginá-lo com o método antropológico-transcendental de Karl Rahner. Propomo-nos, por fim, sustentar e justificar que a exemplaridade da defesa da liberdade do ensino religioso harmonizou o pensamento construtivo e criacionista de Leonardo Coimbra, namedida em que aí conjugou, consensualizou e integrou as teses fundacionais do seu pensamento filosófico e teológico. Esta determinação teológica da liberdade, revisto num horizonte pedagógico à luz do pensamento de Leonardo Coimbra, legitima a liberdade de ensino religioso na medida em que protege a possibilidade transcendental da pessoa humana e da sua liberdade
